domingo, 8 de junho de 2014



Quando a direção começa a parecer errada e nada do que você olha a frente parece familiar. Você escolhe isso de repente. Um modo sem pretensão de nada, somente diferente; de supetão, era preciso um solavanco, alguma mudança, e você muda. A que custo?
Para trás você deixa tudo pelo que esperou, tudo pelo que disse valer a pena se adaptar e segue sem rumo em direção a lugar nenhum. E como dói olhar. Ver tudo brilhar agora porque agora você está correndo, e se perdendo, mas não pode parar.
Não posso medir a profundidade da perda mas me trava os pulmões pensar que poderíamos ter tido tudo. E como tentamos. A cada tentativa nos cegamos; nos perdemos em nós tentando recuperar o laço.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ela ainda existe

Ela ainda tem o sorriso
ainda existe o som da risada.
Ela ainda tem o corpo aquecido
aquele calor nas mãos.
Ela continua teimosa,
com a voz mais alta da mesa.
Ainda existe a provocação,
ainda existe a contradição.
Ela ainda critica tudo que falo,
ainda responde rindo que não.
Me faz desviar o olhar.
Ela ainda existe
Mesmo que não exista mais nada.


domingo, 3 de março de 2013

Como tem que ser
COmo tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
COmo tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
Como teque ser
Como tem que sr
Como tem qeu ser
Como tem que ser
Como tem quer
Como tem quer
Como teem quer ser
COmo tem ser
COmo tem que ser
Como tem que ser
Como tem que ser
COmo deveria ter sido.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tudo começando de novo.
Você nem percebe o tempo passando,
continua fazendo suas coisas miúdas e inúteis.
Cotidiano deveria ser algo passageiro.
Quantas promessas sem a intenção de cumprir?
mas você continua prometendo.
Falar de mudança não muda nada.
As pessoas são cegas por opção,
tão estáveis como pensamentos que surgem a noite.
Um dia novo mas você não vê.
Você perceberia se a mudança chegasse?
Eu poderia ver em você algo diferente?
Quais são suas coisas favoritas?
É a elas que você se agarraria se o mundo acabasse agora?
O dia começa de novo, então eu preciso perguntar...
de quantos recomeços você ainda vai precisar?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


"eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. não conseguem ficar juntos. simples. complexo. quase impossivel. ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. alguns dizem que isso jamais daria certo. outros dizem que foram feitos um para o outro. eles preferem não dizer nada. preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. ela quer atitudes, ele quer ela. todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. e assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. e mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz."

Tati Bernardi

terça-feira, 31 de julho de 2012

Todas as coisas


Todos os belos detalhes ao redor foram feitos para você,
por todas as boas coisas que você fez.
por todos os sorrisos, seus e meus,
e todos os arrepios.
por uma respiração, sua ou minha.
Então, por tantas coisas
e mais tantas outras,
por te amar tanto,
é que te deixo ir

de certo modo, onde você estiver
é também onde estará o meu coração,
e se algum dia você resolver voltar,
eu estarei aqui
ainda com meus óculos
tendo tanta coisa para dizer
e engasgando cada palavra

e mesmo após inumeros poços escuros
saiba que você é sim tudo isso e mais
e por saber que você cruzaria todas as linhas por mim
eu guardo algo bom todos os dias

é verdade, foram tempos difíceis
mas veja todas as coisas que brilham
e elas brilham por você
e sim, nós transformamos em algo belo
todos os nossos olhares.
então é minha vez,
cruzando todas as linhas,
por te amar tanto,
eu te deixo ir.



domingo, 22 de julho de 2012

meios

E de repente todas as histórias se misturam e se embaralham, as vezes até mesmo se transformam. Colocando tantos dizeres amáveis em cantos alheios. E só o que resta é o centro em meio a desencontros e coincidências distintas que só mesmo o destino pode coincidir.
Há sempre um véu por trás de cada palavra, de cada história, que separa aquilo que dizemos do que realmente queremos dizer. Há sempre tantas letras miúdas  tantos pontos desfocados que o real se perde; até que qualquer coisa sopra todas as marcas da vida e as coloca com clareza em seus devidos lugares e é nesse momento que nos perdemos. Por não saber agir em meio ao que é claro e transparente, muito acostumados aos disfarces e ao que se esconde.